30 de jul. de 2007

Bebendo vinho!

Amigos e pessoas do bem,
Sejam bem-vindos!

Resolvi iniciar meu blog contando uma tragicômica experiência que reflete um pouco de minhas escolhas, lições, aprendizados e sentimentos...

Há um tempo, minha grande amiga, irmã de coração, alma gêmea, Su, resolveu me dar um presente, um vinho! Claro que ela conhecia muito bem minhas predileções rs e provavelmente achou que esse mimo não duraria mais do que dois dias, pois se enganou...

Na época, a Su morava aqui em Lima city e sua casa era o nosso refúgio, era onde eu podia curtir um pouco da liberdade que tanto desejava, sem nem entender isso direito. Estudávamos Jornalismo, dividíamos nossas dúvidas, angústias e esperanças. Constantemente fazia minha malinha básica e passava uma semana inteira na casa dela, pra desespero de minha mãe que achava que eu iria sair de casa!

Voltando ao vinho - peguei meu presente e chegando em casa o guardei, pensando em degustá-lo em algum "momento especial"!

Todos os dias, olhava pra ele e pensava “queria provar esse vinho, mas tem que ser em uma ocasião especial, que ainda não chegou”.

Na próxima semana, olhava novamente pro meu presente e continuava esperando pelo tal “momento especial” e assim meu vinho continuava envelhecendo (pelo menos alguma coisa boa né).

Meses se passaram e lá estava meu companheiro, meu presente, meu vinho, me provocando, pronto para o que veio ao mundo, ser deliciado, e eu, sempre controlando meticulosamente o momento certo, o lugar ideal, a comemoração merecida, a pessoa exata...

Um belo dia, a Su me liga e pergunta: “San, estou fazendo um sagu (aquele doce à base de amido) e acabei de ver que não tenho vinho, o supermercado aqui perto de casa está fechado, por acaso você tem algum aí pra me emprestar?”

Hum, eu realmente tinha, mas sinceramente, esse não era o final que eu desejava pro meu tão desejado vinho. Bom, mas respondi que sim, que levaria pra ela naquele momento, só não comentei que se tratava daquele vinho. Detalhe: ela só ficou sabendo disso quando estávamos comendo o sagu! rsrsrs

Só depois dessa experiência aprendi que o momento especial é agora, o melhor lugar pode ser onde eu quiser e as pessoas especiais são as que me fazem bem e estão ao meu lado.

Aprendi que não devo adiar a felicidade, e que prorrogar minha vida por conta do que ainda não aconteceu é deixar de VIVER!
“Hoje, brindo a casa, brindo a vida, meus amores e minha família!”

7 comentários:

Audrey Salatti disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Felipe Voigt disse...

Sandrinha!!
Só faltava vc mesmo aqui... afinal, que raio de jornalista é essa que nem pra ter um blog serve?
E aí, vai escrever sobre a garrafinha gostosa??

Anônimo disse...

Grande Sandrinha!!

Claro... o primeiro assunto ...tinha q envolver álcool!
Pelo jeito, vc não mudou nada!!

Beijos e saudades!

Gallego disse...

Sandra

Vi o comentário que o Felipe fez no blog dele... Bem vinda ao Mundo blogueiro...

estou colocando um link do seu blog no meu blog...pode ser?

www.dipsomanos.blogspot.com

Parabéns

Anônimo disse...

OPa. Seja bem vinda!

Bjo!

Anônimo disse...

Ola Sadra,

É... passaram apenas alguns meses que o vinho ficou guardado... mas alguns anos até que o fato como o do vinho fosse notado...

Na familia ocorreu algo semelhante...

Um dia... quando estavamos minha mãe, minha irmã e eu... não lembro o porquê... mas a minha mãe nos mostrou os presentes que guardara desde o casamento... alguns conjuntos de louças... panelas... e mais algumas coisas que não me recordo... louças que nem sabia que existiam...

Nós, filhos muito educados, dissemos. "Oh mãe!!! Pra que a mãe esta guardando isso?? vai usar quando?? tá até velho que nem se usa mais..." (nota: a fala foi suavisada para nao ser sensurada... ;)

Bom... naquele dia ela também entendeu que não adiantava guardar por tanto tempo... sem nunca ter desfrutado o prazer que aquilo poderia ter proporcionado...
É... neste caso foram alguns anos... acho que mais de 20 anos... (eheheh p/ não dizer que crecesmos bastante... )

Um ponto que sempre considero... é que não podemos exagerar em nenhum lado...
Um engenheiro diria... "regra de 3 e bom senso..."

Sandra Alves disse...

Belíssimo exemplo caro Godoy!
Vc escreveu a palavra que define perfeitamente a essência do texto: prazer!
Nos privamos do prazer de desfrutar momentos, possibilidades e pessoas, como se tivéssemos a certeza de nossa existência amanhã, e isso, não temos!
Equilíbrio e bom senso, também creio que são fundamentais.
Grande beijo